PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO, 80 ANOS DE HISTÓRIA
No
dia 5 de julho deste ano, a paróquia São Sebastião de Guapiaçu comemorou 80
anos de existência. A primeira capela de Guapiaçu foi construída pelo senhor
Francisco Esteves, que com o passar do tempo começou a ficar pequena para o
povoado da “Vila de São Sebastião” (primeiro nome da cidade). Por isso, houve a
necessidade de construir uma igreja maior. O sacerdote presente no momento era
o Padre Henrique Bonchaerts.
Em
1936, a nova Igreja matriz de Guapiaçu começou a ser construída pelo então
pároco Olvidio Simon: esta se configurava como uma pequena capelinha, de estilo
português, dedicada a São Sebastião.
O
estilo da nova igreja tem influência do período da Idade Média e do
Renascimento, que com o passar dos tempos sofreu modificações, devido às más
interpretações do Concílio Vaticano II. No dia 3 de Março de 1973, chega em
Guapiaçu o Padre Mário Tomaczyk, que traz consigo uma nova liturgia, e com isso
faz várias modificações na construção original da Igreja.
Entre o corpo (nave) da igreja e o altar, existia um
portão de ferro e uma mureta (balestrado) feita de granito, onde os fieis se
ajoelhavam para receber a comunhão. O padre ficava do lado de dentro e
distribuía a comunhão para os fieis do lado de fora. Dentro também ficavam os
irmãos do Santíssimo, que nas procissões levavam as velas colocadas em armações
altas, ao lado do Santíssimo, como guardiões.
O Altar-Mor original era de madeira e foi trazido da
capela que existia antes. Em 1948, o Pe. Fidélis construiu o de mármore, que
existe até hoje. O mármore do Altar-Mor veio de fora do país. Ele tem excelente
acústica e ótima ventilação, lá o padre rezava a missa de costas para o povo,
em latim. A voz do padre era ouvida até o último banco. Na hora da homilia, o
padre subia no púlpito (que era na lateral, mais exatamente entre o primeiro e
o segundo pilar do lado esquerdo de quem entra), onde ele falava para o povo
sem precisar de microfone.
PINTURA:
Em
1952, o Pe. Amaro Muniz contratou o artista plástico Paulo H. Olivieri para
fazer a pintura da igreja. Ele usou como tema a bíblia, conforme era feito na
Idade Média, em que os pintores representavam nas paredes das igrejas o
evangelho.
Como na Idade Média, o padre Clemente Marrodan
usava as pinturas, que existem no teto da igreja para ensinar trechos da bíblia
às crianças que estavam sendo preparadas para receberem a primeira comunhão.
A
pintura do teto da paróquia representa o Antigo Testamento, do lado direito de
quem entra, e do lado esquerdo o Novo Testamento. No centro, há os quatro
Evangelistas, e no átrio o inferno e o purgatório com a Nossa Senhora do Carmo.
No arco que separa a nave do presbitério temos a pintura de anjos e de
Deus-Pai. E no presbitério se tem a pintura de São Sebastião, que é a
representação de uma obra do pintor Giovanni Antonio Bazzi, conhecido como
Sodoma.
Segundo
o pároco João Maria Zanzi, o primeiro batizado na paróquia foi no dia 14 de
fevereiro de 1931 e envolveu João Gouvêia, filho de Benedito Francisco Gouvêia
e de Alzira Maria Laura Brasilino. O primeiro casamento foi no dia 11 de abril
de 1931, sendo os noivos: José Fernandes Garcia e Geronyma Alves Garcia. A
primeira missa em português foi celebrada pelo padre Victor Rodrigues de Assis,
em 1973.
PADRES:
Passaram vários
padres em Guapiaçu, entre eles: Henrique Bonchaerts, Gregório Nafria, Ovídio
Simão, Victor Jesus Herreiro, Victor Rodrigues de Assis, Fidelis Orieta, Amaro
Muniz, Clemente Marrodan, Mario Félix Tomaczyk, Lauro Gurgel (compositor do
Hino de Guapiaçu), Toshio Wakano, Ladislau Obora e, atualmente, João Maria
Zanzi.
ATUAL
PÁROCO: PADRE JOÃO MARIA ZANZI
Em
agosto de 1979 chega em Guapiaçu o padre Gian ( João) Maria Zanzi, que dá
início a um série de movimentos, e impulsionava os que já existiam. Formou o
Grupo de Jovem de Guapiaçu, que chegou a ter em torno de sessenta componentes.
O grupo, com orientação do padre João, teve uma vida ativa, promovendo
campanhas na cidade, como a do agasalho, material de construção para algumas
casas, censo, escolinha dominical, e entre vários trabalhos realizados por
outros grupos, como o apoio do Padre João.
Faz 33 anos que o padre João está em
Guapiaçu, segundo ele, essa cidade se tornou sua própria família, pois como é
da Itália e seus pais já faleceram, tomou todo o povo como sua única família.
Mesmo já com idade avançada, não se cansa em trabalhar
pelo povo de Guapiaçu. Ele atualmente coordena a construção de duas igrejas:
Capela São José e Capela São Marcos, que são maiores que a Matriz. E ainda faz
um belíssimo trabalho pastoral, com as pastorais e com os movimentos atuantes
na paróquia.
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